Bruxelas dá luz verde à reestruturação dos bancos portugueses, mas impõe cortes mais suaves

Os "remédios" impostos pela Direção Geral da Concorrência (DGComp) da UE, a aplicar às instituições financeiras portuguesas, ajudadas pelo Estado, são comportáveis e, em grande parte, fazem parte da estratégia que os bancos iriam seguir de qualquer forma, mesmo que a tal não fossem obrigados.
Assim, a Comissão Europeia considera que os planos de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos (CGD), do Banco Português de Investimento (BPI) e do Banco Comercial Português (BCP) estão de acordo com as regras comunitárias, no que concerne aos apoios estatais.
Os planos de reestruturação do BPI e da CGD estão já formalmente fechados com Bruxelas. Quanto ao BCP, já existe acordo, mas não foi formalizado e o processo do Banif, que entrou mais tarde, ainda não está concluído nem garantida data para a sua aprovação. Há um ponto comum a todas as instituições: severa redução de estrutura - balcões e funcionários -, limitação dos salários dos banqueiros e proibição de realizar aquisições e desinvestimento no exterior, nos casos em que tal se aplica.
Recorda-se que o Estado português injetou 1,6 mil milhões de euros na CGD, cerca de 1,5 mil milhões no BPI e três mil milhões no BCP, tendo sido já reembolsado em apenas 580 milhões de euros.
O mercado acredita que a banca portuguesa não necessitará de fazer um segundo pedido de apoio financeiro à troika para se recapitalizar até final do programa em junho 2014.

Veja também
A crise de 2008-2009 e o nível do indice de confiança
(http://gestornosapo.blogspot.pt/2013/07/a-crise-de-2008-2009-e-o-nivel-do.html)

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