Os tremores políticos do governo português

O governo português, após alguns tremores políticos, evitou o colapso até agora.

O apoio intermitente do CDS tem contribuído para a instabilidade governamental.

A rigorosa execução das exigentes medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais, vulgo troika, tem sido de difícil implementação.

A estabilidade política pais tem sido difícil de alcançar.

A aliança política entre o PSD e o CDS tem vindo a fragilizar-se.

Mesmo que o governo de coligação se mantenha, tem vindo a assistir-se ao seu enfraquecimento e perda de vigor.
Atrás destas fissuras governamentais, está a frustração dos portugueses.



Anos de cortes na despesa pública, saúde, segurança social e educação atiram o país para uma recessão económica longa e sem fim à vista.


Os benefícios prometidos desta forma tardam em aparecer.

O Produto Interno Bruto (PIB) apresenta sinais de recuperação tímida conforme os indicadores de conjuntura de agosto do Banco de Portugal (bportugal.pt/pt-PT/EstudosEconomicos/).

Os encargos da dívida pública continuam a disparar desenfreadamente nos membros da zona euro que procuram manter a austeridade, enquanto que se verifica maior estabilização económica nos países-membros que não aplicaram estas restrições como é o caso da Alemanha.

Na Alemanha o crescimento é escasso, mas o desemprego mantém-se baixo e o orçamento está controlado.

Mas as autoridades da zona euro estão ansiosos por apontar casos de sucesso e Portugal era uma promessa... não concretizada.

A Irlanda também é apontada como caso de sucesso... de curta duração! A Irlanda já voltou a cair na recessão.
Os esforços dos alunos-modelo não estão a dar os resultados pretendidos.

As reformas necessárias na função pública, não passam por despedimentos nem por reduções de salários sem regra como resposta ao chumbo do tribunal constitucional quanto aos pretendidos despedimentos na função pública. Verifica-se uma tendência de redução de postos de trabalho desde 2007 conforme informação da Pordata (pordata.pt/Portugal/Emprego).
As eleições autárquicas (http://www.autarquicas2013.pt/agendadas para  setembro apontam para uma derrota dos partidos da coligação da governação. Enfim, lá vem a Doce Alternância entre a coligação CDS/PSD e os PS.


Até o FMI que tem vindo a apoiar Portugal na recuperação da recessão económica, admite que a implementação do programa delineado pela troika enfraqueceu significativamente a recuperação económica.

A grande lacuna deste programa de recuperação é a falta de visão global do problema. 

Ninguém está a olhar para o quadro inteiro.

Ou a Europa arrepia caminho em relação à austeridade ou o resultado da receita será apenas mais pobreza (publico.pt/).

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João Pires autor